sábado, 19 de abril de 2014

O DIAGNÓSTICO



Em janeiro de 2013, meu filho de 12 anos começou a apresentar uns sintomas estranhos que nos deixaram preocupados... ele que já era muito magrinho por conta de uma síndrome de má absorção alimentar, começou a perdeu ainda mais peso. Além disso, o que mais chamou atenção foi o fato dele ter ficado prostrado e desanimado, além de muita sede e fome.

E isso aconteceu justamente num momento em que estávamos levando ele a uma nova nutricionista (em mais uma de nossas inúmeras tentativas para fazê-lo ganhar peso). Foi muito estranho ver ele secando e demonstrando fraqueza física justamente no momento em que estava se alimentando melhor.

Fizemos uma bateria de exames para tentar descobrir o que estava acontecendo. Após uma pesquisa feita por minha esposa no Google sobre os sintomas que nosso filho estava sentindo e uma conversa com nossa vizinha que é enfermeira, caiu a ficha que poderia se tratar um caso de diabetes.

No mesmo momento, liguei para o laboratório para pedir que apressassem o resultado dos exames dele, pelo menos o da taxa de glicemia. Algumas horas depois, o laboratório nos ligou dizendo que o ideal seria repetir o exame pois o índice glicêmico tinha dado muito alto (424)... foi a notícia que faltava para corrermos em busca de atendimento médico de emergência.

Ao chegarmos no hospital, foi feito um teste rápido de glicemia onde foi ratificada a hiperglicemia. A médica foi taxativa: "ele tem diabetes". Ainda questionei se seria um diagnóstico definitivo ou poderia ser algo momentâneo por algum motivo, mas ela respondeu que taxa acima de 200, em qualquer situação já é considerado diabetes.

Como não poderia deixar de ser, nosso filho foi internado imediatamente com quadro de cetoacidose, com risco até mesmo de precisar ir para UTI (o que graças à Deus não aconteceu!!!). A situação foi tão séria que os outros exames também apontaram taxas completamente anormais por conta da crise de hiperglicemia: o Colesterol Total chegou a 379mg/DL o (o desejável é menos de 150mg/DL) e o Triglicerídeos deu 1.262mg/DL (o desejável é menor do que 100mg/DL).

Ficamos abatidos e preocupados, mas um pouco mais tranquilos porque o problema tinha sido identificado e ele teria os devidos cuidados médicos... a internação durou cinco dias e o quadro foi completamente revertido. Após sermos orientados sobre como aplicar insulina voltamos para casa para enfrentar uma nova realidade.

Para dar uma ideia de como ficou nosso filho chegou a ficar, ele, que já era bem magro, perdeu ainda mais peso e chegou a ficar com 19 kg. Vale lembrar que ele tinha 12 anos e media 1,43m. Com apenas um mês e meio depois, ele ganhou sete quilos, voltando a ter a aparência normal.

No próximo post, falarei sobre os primeiros dias após o diagnóstico... as dúvidas, a tristeza e a superação.


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